Uma reunião entre deputados, integrantes da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara e o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou a reabertura das negociações para a definição de um novo piso salarial para os agentes de saúde e de combate às endemias, conforme previsto na Constituição.
O ministro Alexandre Padilha chegou a apresentar uma proposta de R$ 722, sendo que as obrigações sociais – cerca de 40%, seriam assumidas pelos estados e municípios.
Os agentes disseram aos deputados que não aceitam a proposta e não abrem mão do piso de dois salários mínimos.
Atualmente, o Ministério repassa para cada município, R$ 871 por agente contratado. Com esse dinheiro, a prefeitura paga o agente e, se desejar, complementa os valores.
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que participa das negociações entre agentes e Governo, afirmou que é comovente a presença diária de agentes de saúde no Congresso Nacional, na luta pela fixação de um piso de dois salários mínimos. “Eles chegam a passar fome, mas não deixam os corredores do Congresso Nacional, numa campanha guerreira para que seja votado o piso que eles merecem”, afirmou o parlamentar gaúcho.
Segundo informou o deputado Perondi, que é presidente da Frente Parlamentar da Saúde, o ministro Padilha prometeu reavaliar a situação e apresentar uma nova proposta, possivelmente após as eleições municipais.
“Conversei com o ministro e falei da importância de um piso de dois salários mínimos ou um valor bem próximo disso. Recomendei também que ele amarre bem com as prefeituras e governos estaduais, pois centenas de prefeitos não passam para o agente de saúde nem um centavo a mais do que é liberado pelo Ministério da Saúde”, afirmou o parlamentar gaúcho.
Para Perondi, o agente de saúde é um verdadeiro anjo da guarda, que bate às portas das casas para orientar uma mãe, um idoso, um hipertenso. “Eles são essenciais para a saúde de todos os brasileiros e ajudam a reduzir a despesa da própria prefeitura na área da saúde, em consultas, exames e internações. Eles fazem prevenção. Descobrem o doente que não se levanta e não vai se consultar no posto de saúde. Prefeito inteligente tem sim que complementar o salário do agente. Infelizmente a maioria não o faz”, lamentou Darcísio Perondi.
FONTE: GRAJAU ACS.
É lamentavél a maneira que somos tratados pelos nossos governantes,deviamos de ser mais respeitados!pois fazemos um trabalho não muito comum e nada fácil,sabém por que?
ResponderExcluirEntramos dentro de um programa que funciona a trancos e barrancos em vàrios municípios do Brasil,e parece que não querem enxergar que tem que haver algumas mudanças;Não é fácil entrar dentro de lares e ter o mínimo para oferecer,mas mesmo com esse mínimo o agente de saúde consegue fazer a diferença dentro de cada família.Com muita dificuldade, porque sabemos,na maioria das vezes o que a população precisa, mas não temos suporte para um trabalho melhor.
Parece que estamos pedindo esmolas,por que alguns governantes infelizmente não conseguem ver a importante diferença que faz um acs dentro de cada lar.
Para termos um Brasil de saúde melhor,precisamos de respeito tanto para a população quanto com as equipes de saúde básica e um melhor salário para os agentes de saúde que a muitos anos lutam pela dignidade.